Mum to Son

por Liliana Reis

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

...a magia, essa nunca ninguém nos pode tirar. Basta a acreditar!


Nesta época festiva apesar de cada um estar focado na sua família, na sua consoada, nos seus presentes é tempo também para reflexão. 
No momento em que tirei esta foto uma lágrima fugia—me. Ao meu lado estava um homem, talvez da minha idade, completamente fascinado com o número de magia, com um sorriso de menino pequeno como se de repente tivesse sido transportado para um mundo diferente. 
Diferente daquele em que vive, da rua onde dorme, talvez para um castelo mágico. 
Era um momento que tinha de ser agradecido, e por isso puxou da bolsa que trazia à cintura e revolveu o conteúdo à procura de uma moeda. Possivelmente não tinha comido ainda nada, possivelmente não iria comer tão cedo, mas as moedas de 5 cêntimos que agarrava tinham que ser daquele mágico que lhe fez o dia. 
O mágico não se apercebeu, ninguém se apercebeu, de como aquele homem tinha voltado a ser menino e a acreditar na magia. Sei lá que mais lhe terá ido naquela cabeça. 
Na minha cabeça muita coisa passou e quando o Martim perguntou o que se passava, apenas lhe disse que a vida prega partidas mas a magia, essa nunca ninguém nos pode tirar. Basta a acreditar!
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sábado, 23 de dezembro de 2017

Só para desejar um Santo e Feliz Natal!



Por aqui, cumprimos as tradições de final do ano:

A visita do costume à Confeitaria Nacional e as compras na baixa de Lisboa, onde o Martim adora ver os artistas de rua e eu adoro andar de cachecol e sobretudo por entre o cheiro das castanhas assadas. E onde não se consegue evitar de pensar naqueles que passam o Natal na rua e com tão pouco, mais do mesmo que o resto do ano, pois eles estão mesmo ali por onde passamos.





A visita a uma cidade de Portugal
Desta vez fomos a Fátima e à Batalha, conhecer a história dos Pastorinhos e o Mosteiro. Ficámos num hotel maravilhoso Luz Houses com um ambiente muito acolhedor, como se estivéssemos na casa de um amigo com muito bom gosto :) e fomos recebidos com uma doçura incrível. Tão bom visitar sítios como este, que são bem mais do que sítios. Para repetir, sem dúvida alguma!




O Mosteiro da Batalha faz parte do meu mundo de infância, a história da sua construção ao longo de vários reinados, as capelas inacabadas e o soldado desconhecido eram muito místicos para quem adorava história e arqueologia. Não sei bem o que ficará na cabecinha dele, mas por agora D. João I passou a ser muito importante e o "estilo gótico" a fazer parte do seu vocabulário.


Feitas as compras, lenha na lareira e a lampreia de ovos encomendada, estamos prontos para a noite dos presentes mas sempre com os ausentes no coração!


Desejamos-vos um Santo e Feliz Natal e que possamos todos estar, acima de tudo, em paz com aquilo que somos e com aquilo que temos!

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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

"O difícil é fazer tudo bem, quando não tem ninguém olhando"

Gosto muito de assistir às aulas de Jiu Jitsu do Martim, principalmente a parte final quando o mestre faz questão de os colocar em formação e fazer um resumo. São cerca de 5/10 minutos de reflexão do dia, do comportamento, da conduta. Reflexão que serve também para nós pais ou sem sermos pais, só seres humanos. 
Onde se fala da delicadeza e cuidado que devemos ter com o próximo, a ajuda que devemos prestar a quem mais amamos e a todos quanto a mereçam, e da importância que tem ser correto com quem nos rodeia mas principalmente conosco próprios. 
Porque o "difícil é fazer tudo bem quando não tem ninguém olhando" diz o mestre com o adocicado sotaque brasileiro. Sim é difícil fazer tudo bem a toda a hora, e é difícil aprender a lidar com esse facto. Mas a beleza está em tentarmos e conseguirmos fazer a diferença no dia de alguém, às vezes somente com um simples sorriso.


Hoje foi dia de graduação, o Martim sentiu-se importante, ainda mais sendo o primeiro do grupo a ser chamado. Ali sente-se parte de um projeto, como sendo mais um membro de algo maior.


Quanto a mim, mãe babada, só quero que se sinta feliz para que consiga sempre dar o melhor de si aos outros. 
Neste mundo onde cada vez mais o individual e o egocentrismo predominam na raça humana, acho de extrema importância ensinamentos destes também fora de casa. Um bem haja a todos quanto passam um pouco mais de que só uns golpes duma arte marcial!


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domingo, 17 de dezembro de 2017

A maratona deu em Coelho!

Terminada a maratona de bolos de aniversário (um no jantar de família, outro para a escola, outro para o Jiu Jitsu e mais um para a festa com os amigos), família e amigos vários, à mistura com decorações e escolha de presentes que cada vez fica mais difícil escolher o tal que sei que fará a diferença.
Este ano a aposta foi num animal de estimação que há tanto tempo me pedia. Na falta de um cão ou um gato, lá optei por um coelho que o deixou doido de alegria, tanto que a primeira reação foi agarrar-se a mim e dizer-me que era a melhor mãe do mundo, em vez de pegar no coelhinho.
Chamou-lhe "Flofy" como sempre disse que iria chamar a um animal que tivesse e todos os dias lhe dá um beijinho de bom dia e outro de boa noite, como se fosse pai dele.
Acho que tivemos sorte com o bicho que é meiguinho e adora mimos tal como imaginamos que os coelhinho sejam. Só precisa mesmo é de deixar de estar fixado em roer os tapetes de sisal e estamos entendidos.

Apresentamos o novo membro da família: o Flofy!

Vamos ver a quem calha a limpeza da gaiola .....
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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Aniversário em Dezembro!

Quase todos os homens da minha vida fazem anos em Dezembro ou são Sagitários, e o Martim não fugiu à regra. Fazer o quê, já há muito que aceitei esta realidade 😅

Mas para organizar uma festa de aniversário em Dezembro há quase sempre uma limitação grande que se chama frio ou chuva, a não ser que se viva no hemisfério Sul.
Mas este ano e como foi "verão" até há pouco tempo, ou talvez por pura negação, resolvi arriscar e a ideia passou mesmo por um almoço com os amigos, agora que já estão todos bem crescidinhos, (rapidamente me apercebi que nem todos), seguido de uma caça ao tesouro na praia. 
Que grande confiança a minha, 8 de Dezembro e não me lembrei de mais nada senão mandar os miúdos para a areia!
O que é facto é que esteve sol até ao dia, mas o próprio dia 8 amanheceu com chuva daquela que parecia não ir acabar tão cedo. Imaginei logo um cenário de horror, 16 crianças fechadas num restaurante sem nada para fazer. Pensei num plano B, com uns jogos para fazermos indoor, mas tudo sem piada nenhuma pelo menos para crianças de 8/9 anos.

Bem, mas a sorte esteve do nosso lado e após o almoço não choveu mais!
O almoço foi um alvoroço sem saberem se haveria caça ao tesouro ou não, mas assim que puderam, a liberdade esperava-os lá fora.
Tivemos uma pirata a liderar a busca pelo tesouro que se ocupou deles com jogos e técnicas que realmente só quem está habituado a lidar com muitos miúdos ao mesmo tempo sabe, e eles adoraram!

O tema da festa era o famoso jogo Minecraft, ou não fosse o Martim um viciado em construções minecraftianas, por isso o tesouro era afinal uma pinhata do Creeper e toda a decoração do lanchinho e do bolo passou por items do jogo que só quem acompanha a "modalidade" entende - (tudo feito em casa).

                                                                             
Doces:

Convites:


Lanchinho:





A Pinhata Indestrutível


O "brinde" de presença

A alegria do fogo de artifício

Os miúdos adoraram uma festa diferente e poderem andar à solta e ao ar livre - foi bom perceber que apesar de hoje em dia passarem muito tempo de volta de tudo o que é digital ainda gostam, e muito das brincadeiras tradicionais.

Obrigada ao Ribeira d'Ilhas Restaurante pela paciência e disponibilidade, e à Pirata de serviço Brilhos de Fada que fez toda a diferença e me deu uma folga gigante! 
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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

2.920 dias depois

Há 2.920 dias atrás, foi um dia de incerteza, de receio, de inconsciência, de medo de não conseguir.

A alegria de te ter ficou abafada por não ter o cenário que tinha imaginado para te receber. Uma família como as outras, com um pai e uma mãe juntos super felizes pelo bebé que acabava de nascer. 
Estávamos felizes por te ter, o menino das mãos gigantes, mas não estávamos juntos e isso não cabe nos planos de vida de ninguém....até acontecer.
O mundo não parou, seria só mais um caso. Mas o meu mundo embora mais completo não teria sido o mundo que eu planeei para mim, nem para ti.
Senti-me sozinha, às vezes incapaz, mas cresci ao mesmo tempo que te via crescer.
Dei de mim talvez mais do que era necessário, mas vá lá alguém saber o que fazer quando nasce o primeiro filho. Tudo é muito e tudo é pouco, tudo se misturava no meio das hormonas alteradas e dos sentimentos confusos de quem ainda amava o homem que lhe deu o presente mais divino e sem estar preparada para ser mãe no singular.

Não foi fácil encaixar a vida que eu conhecia até ali, com a vida que eu tinha gerado, muito menos com a vida que eu tinha planeado.
Abdicar de uma carreira, perceber que afinal tinha muito poucos amigos e aprender a viver de coração apertado, de olheiras profundas e numa correria diária.

Mas sabes que mais nem sempre o que planeamos é o ideal, e por vezes o real é bem mais surpreendente do que todos os nossos planos até ali.
E quando não é, o melhor é adaptarmo-nos rapidamente, levantarmos a cabeça e seguir em frente pois cada gargalhada, cada turrinha, cada palavra, cada beijinho, cada conquista tua, me dizia isso mesmo e eram conquistas também minhas que valiam cada segundo. 

Hoje tudo é mais fácil. Vejo-te feliz com aquilo que temos, com aquilo que somos. Cresceu em nós uma ligação única, de cumplicidade, de companheirismo e de exigência mútua que nos vão acompanhar até ao fim ou até para além disso.
Hoje olho para ti e vejo um menino guerreiro, decidido, com a força de touro e com a doçura de uma borboleta mas tão trapalhão como um pinguim desajeitado, a tentar encaixar no mundo.

Obrigada meu amor por me teres escolhido, pelo beijinho todas as manhãs assim que acordas, pelo piscar de olho quando estamos distantes mas a ver-nos, pelas gargalhadas quando dizes piadas secas, pelos shows de magia, pela naturalidade com que falas com os adultos, pela criatividade que te é tão própria, mas acima de tudo obrigada pelos desafios constantes que não me deixam sossegar nem descer daquele que é o meu lugar.





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