Mum to Son

por Liliana Reis

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Pouco assustador mas muito Feliz!



Hoje de manhã:

“Mãe, esqueci-me de dizer que podemos ir para a escola mascarados de Halloween! Só não podemos pintar a cara”.

“Martim, agora é que dizes? (como no ano passado não permitiram brincadeiras dessas na escola, imaginei que este ano seria igual e nem perguntei. Mas ao mesmo tempo que fazia a pergunta comecei logo a dar voltas à cabeça a tentar descortinar como poderíamos inventar uma máscara assustadora).

“Não preparámos nada, só tens o fato que vestiste há 2 anos no colégio!”

“Levo esse e inventamos” –  e deu um pinote da cama como nunca acontece em dias normais.

De cara lavada, com o cabelo no ar e com as mangas a 3 quartos, este foi o resultado!

Pouco assustador mas muito Feliz!


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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Teacher disse que estava Excellent e até me deu um Smile!



O Halloween está à porta (como é que já passou um ano?) e o Martim tem um projeto para apresentar na aula de Inglês.
Pensámos na tradicional casa assombrada (Haunted House como ele diz), mas já mais meninos tinham pensado no mesmo, então resolvemos reduzir as probabilidades de dia 31 de Outubro existirem 20 Haunted Houses na mesma sala de aula e apostar na diversidade.

Por isso, lembrámo-nos que no antigo colégio tínhamos feito um género de "ninho de morcegos" e que podíamos voltar a fazer algo parecido pois ninguém tinha visto ainda (vantagens de ter mudado de escola).


Assim, depois de ir com uma lanterna pisar algumas silvas e tropeçar em algumas pedras para encontrar um ramo, reunimos alguns materiais que pudessem servir para produzir morcegos: Eva (que se compra em qualquer superfície comercial, eu recorro sempre às lojas chinesas), tule preto (serve tecido ou meias de vidro), uns olhinhos plásticos (temos sempre cá por casa na eventualidade de querermos criar alguns seres), cola e linha preta para prender os morcegos aos ramos.


O que fizemos foi desenhar o molde do morcego em papel para ser mais fácil desenhá-lo na folha de Eva preta.


Depois passámos o desenho para a folha de Eva preta e recortámos, colámos os olhinhos para ficarem menos assustadores e com uma agulha prendemos a linha preta para pendurar os bichos. 


Com 3 ou 4 morcegos de tamanhos diferentes, depois é só montar os componentes todos: primeiro colocamos o tecido nos ramos (uns pontinhos de cola ajudam a prender), de seguida penduramos os morcegos e no final recortamos umas letras de cor diferente para construir a palavra HALLOWEEN!

Resultado final com direito a cabelo no ar e tudo (deve ser do susto)

O Martim lá foi todo confiante com o resultado final e o feedback foi:

"Mãe os meus amigos espreitaram para ver o que estava no saco e todos disseram "Muitaa girooo"!!"

"E a professora de Inglês, gostou do trabalho?", perguntei eu.

"A teacher disse que estava Excellent e até me deu um smile"!!

Fiquei a perceber que pelo menos consegue falar inglês ao género de Zézé Camarinha! 
Já não falta tudo!
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domingo, 29 de outubro de 2017

Vamos Brincar aos Mercados



E lá fomos nós!

10h em ponto já estávamos no local a montar a "banca". O Martim acordou cedíssimo, claro, e quase que nem respirava de tanto entusiasmo.





Encontrámos uma amiguinha, já não estávamos sozinhos. Estendemos o oleado na relva (para não a danificar), erguemos a mesa desmontável e enfrentando o vento lá fomos marcando os preços: quase tudo a 1€ e um espólio diverso, desde barbatanas e ténis com rodinhas, até aos livros de cozinha vegetariana passando pelos colares de fabrico próprio e os frasquinhos "animados".

     


Contra nós, só mesmo o calor abrasador, tão típico de um fim do mês de Outubro e que chamava mais as pessoas para a praia do que para mercadinhos.




Demorou um pouco até chegarem os primeiros clientes e já via a criança a começar a desesperar: "Mãe, o que é que eu posso fazer para atrair clientes?". E eu só pensava que no desespero ele ainda podia começar a dançar (que por si só, é todo um espetáculo de luz e cor), e tentei convencê-lo de que ainda era cedo, as pessoas estavam de fim de semana e queriam tomar o pequeno almoço com calma (algo que eu gostaria de ter feito também).

Mas de repente lá começaram a aparecer os primeiros curiosos e a gostarem mais de falar com ele do que propriamente interessados nos artigos.




O nosso melhor produto e que chamava a atenção de todos (um elétrico em lata) rapidamente foi vendido e deixámos de ter tanto público a tirar fotos e a perguntar o preço. 
Acabou-se o chamariz!


Já tinha passado a hora do almoço quando decidimos que talvez fosse melhor ficarmos por ali, afinal não tinha corrido nada mal, vendemos 6 peças. E apesar de nas suas próprias palavras o negócio tenha sido uma "miséria", houve quem não fosse tão bem sucedido.

Por isso, deste dia tirámos 5 lições:

1º Vida de comerciante não é fácil - prepara e carrega o carro no dia anterior, começa o dia cedo, monta a "banca" e não controla como poderá correr o negócio. Há que ter resiliência!

2º Fazem-se amigos entre os comerciantes, ali ninguém é concorrente e todos ajudam. Há lugar para cada um!

3º A simpatia conquista a maioria das pessoas, toda a gente gosta de ser bem tratado e de ter atenção. Há uma palavra certa para cada pessoa!

4º O resultado da venda, embora aquém da expectativa, não foi o mais importante do dia. Há pessoas interessantes em qualquer local, que nos dão sempre algo, um sorriso, um elogio, uma partilha!

5º É importante relativizar e não perder a capacidade de olhar para o lado positivo das situações. Há muitas vezes alguém ao nosso lado que apesar do mesmo esforço não obtém os mesmos resultados, outras vezes os papéis invertem-se, mas no final o objetivo parece ser sempre o mesmo, aprender a estar para os outros tal como gostaríamos que estivessem para nós!





Para celebrar o acontecimento, fomos já tarde e más horas comer o melhor prego, que soube tão bem....na verdade também estávamos esfomeados! 


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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A Primeira Feirinha



     É a primeira feirinha do Martim! Sempre que vamos a uma feira a pergunta vem sempre "Mãe também podemos vir vender coisas que já não queremos? Assim ganhávamos dinheirinho!" 
     Este miúdo, um dia, só se não puder é que não vende a própria mãe! Tudo quanto acha jeitoso e com pouco interesse para proveito próprio é para vender e ficar rico. 
     Herdou o espírito empreendedor da família (é melhor pensar assim) e pode ser que isto ainda lhe valha alguma coisa daqui a uns anos. Por enquanto passa a revista aos caixotes da "tralha" como lhes chamamos à procura de peças com pouco uso e pouco interesse mas que lhe renda uns euritos.

    Finalmente vai pôr os seus dotes comerciais à prova numa Feira só de crianças (iniciativa que achei genial, acho importante que percebam que lá porque, para eles as coisas já não têm interesse, não têm que ser entendidas como "tralha" e ainda podem fazer felizes outros meninos)! 
E como achei que podíamos aproveitar a ocasião para fazer qualquer coisa de "mãos", resolvi inventar e propor-lhe vender também algo novo e feito por ele (com a ajuda da mãe).

    Desafio aceite e mãos à obra!

   Tínhamos já uns frasquinhos que o Martim usa para as suas experiências (basicamente misturar detergentes que passados 4/5 dias têm um cheiro fétido que não se aguenta) e comprámos mais alguns para termos variedade, e decidimos colocar lá dentro pequenos bonecos feitos em "plasticina" que seca ao ar (imitação/genérico de Clay). 


    Os frasquinhos compram-se na Tiger, eu confesso que me perco nesta loja, apetece comprar tudo para fazer tudo, e a "plasticina" em qualquer loja chinesa já se encontra em várias cores e bastante mais barata que a original (o efeito, esse é o mesmo).


     Modelámos vários bonequinhos, deixámos secar de um dia para o outro e colámos com supercola. 



Agora parece que temos uma montra de personagens.



    Se não vender nem um, sei que vai gostar de os ter no quarto, mas também sei que vai fazer contas à vida e achar que não está a construir o império com que sonha!

    De uma forma ou de outra vamos com certeza ter um dia divertido e a experiência será algo que não vai esquecer tão cedo.
    Vamos registar o momento e partilhar! 



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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Quero ser como os miúdos normais



"Mãe, quero ser como os miúdos normais que saem da escola à 17:30h e vão para casa brincar."

Como é que eu o faço entender que às 17:30h eu ainda estou a trabalhar e que o sistema que articulámos com a "carrinha" que o leva para a atividade extra curricular ou para o ATL é a única solução possível de momento?

Acredito que depois de um dia inteiro na escola queira mesmo é desligar e ir para casa, mas sem estrutura de apoio fica difícil criar outro tipo de condição. Mas mais difícil é perceber que se sente um "anormaloide" pois não tem o avô ou a avó que o vá buscar no final das aulas e que o encha de mimos ao lanche até a mãe chegar.

Não tarda já tem idade para vir para casa sozinho e ficar ao telefone com os amigos ou no Youtube a consumir vídeos de Minecraft ou algo mais hardcore, mas até lá meu amor vais mesmo continuar a ser diferente dos miúdos normais .... algo que tu realmente já és, mas ainda não sabes o quanto!

A vontade de voltar a estes dias contigo

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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O porquê do Blog



A era digital trouxe muita coisa boa, mas a facilidade com que arquivamos, apagamos e também perdemos fotos e memórias fez-me perceber que o tanto que tenho para lhe contar, está espalhado pelos vários discos, cartões de memória e lembranças que eu própria vou esquecendo: as primeiras graças, as primeiras palavras, as aventuras e os sonhos (e que não se registam em fotografias).


Por isso e 8 anos depois de o Martim ter nascido (não sei porque não o fiz mais cedo) surge a necessidade de ter um espaço onde possa reunir as nossas histórias e aventuras. 
Quase um livro onde o Martim possa voltar um dia quando as suas próprias memórias começarem a ficar mais turvas (o que eu não dava para ter hoje algo assim com a minha mãe que já não está perto de mim).
E já agora porque não partilhar essas histórias com alguém que se reveja nelas, que se identifique com as nossas vidas e que nos deixe saber um pouco das suas também?
Afinal o que é isto da vida senão uma história que merece ser partilhada?

É assim que surge o Mum to Son, um blog sem pretensões, sem grandes floreados nem produções, um relato de vidas reais que nem sempre são um conto de fadas mas que são tão cheias de algo maior ... cheias de amor pela surpresa da vida, pela expressão de cada um, pela aprendizagem em cada canto e esquina!
Espero que gostem!
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