Mum to Son

por Liliana Reis

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Eu gostaria de passar o Natal com a minha mãe


Estarão as escolas preparadas para lidar com as situações familiares do mundo de hoje?
Haverá compreensão do outro e o respeito pela liberdade da expressão de uma criança ou queremos moldar todos da mesma forma como carneirinhos no carreiro até ao pasto?

O Martim tinha um texto para construir sobre "o meu Natal", disse-me que já tinha feito tudo mas a professora obrigou a apagar porque não concordou com o que ele tinha escrito.
Achei que deveria estar cheio de erros ou então com construção frásica totalmente ao lado e perguntei-lhe, o que estava no texto.
A resposta surpreendeu-me: "Eu gostaria de passar o Natal com a minha mãe e abrir os meus presentes em casa".
Sem perceber o que é que a professora tinha de concordar ou não com isto, perguntei: "Mas então porque é que tiveste de apagar?"
"Porque a professora disse que no Natal estamos com a família toda, que não é um dia normal e que eu devia fazer tudo de novo".
Nem sabia bem o que dizer, nem como dizer, porque a minha vontade foi de o dizer diretamente à professora e não a ele:

Sra. Professora, com todo o respeito que lhe devo, os Natais não são todos iguais nem formatados aquilo que programamos na nossa cabeça. Nem todos têm famílias, nem todos têm ceias cheias de coisas boas, nem todos comemoram a noite ou o dia, nem todos têm um lar, nem todos abrem presentes!
E sim já passámos noites de Natal só os dois porque tenho a família longe e não quis privar o meu filho de passar o dia seguinte com o pai, os avós e os irmãos. E não tenha pena de nós porque possivelmente vivemos essa noite de uma forma mais próxima e profunda do que possa imaginar. 

Voltámos a fazer o texto como ele quis e expliquei-lhe que se era assim que imaginava o seu Natal então deveria escrever e explicar à professora. 
E ficou assim:

"Eu gostaria de passar o Natal com a minha mãe em casa e receber 
um tablet e um jogo para a PS4. 
Normalmente passo o dia de Natal com a família e brinco com os meus irmãos 
e com os presentes novos.
Já sei que vamos jantar bacalhau na noite de Natal, mas o que eu queria mesmo
era jantar bolonhesa.
Estou ansioso que chegue o Natal!"

Para os educadores e sei que não são todos iguais: as crianças têm o direito a expressar-se e fazer ouvir as suas vontades principalmente quando estas dizem respeito à família. Se não estão abertos a escutá-los mas sim a imporem a vossa forma de ver o mundo pergunto-me como será que conseguem detetar situações problemáticas. Valia a pena pensar 2 vezes.
SHARE:

sábado, 25 de novembro de 2017

Aquela Máquina

1 mês depois de ter tornado público o meu Blog sinto que é o momento ideal para fazer a verdadeira homenagem a esta máquina que tanta companhia me fez durante a minha infância.
Era aqui que eu escrevia as minhas histórias que depois saiam no Jornal da Escola. 
Lembro-me de sentir o cheiro da tinta nas bobines de fita e de adorar ver as folhas escritas bonitinhas, pareciam fazer parte de um livro. 
Levava-as para a escola como se tivesse ali uma obra literária.

Na altura isto era alta tecnologia e isso fascinava-me. Agora fascina o Martim mas mais pela mística de isto ter existido - "como é que se apaga quando se dá erros?".

Hoje combinámos que um dia vamos escrever um livro, juntos! 
Nos aguardem ..... no Prémio Nobel!
SHARE:

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A primeira nega...de muitas

“Mãe achas que devia pedir à Inês para ser minha namorada? Eu gosto muito dela.”

Embora muito precoce achei lindo o pensamento em voz alta, mas ao mesmo tempo tive aquela sensação “pobrezinho já começa com os dilemas emocionais”. 
Deu-me vontade de o abraçar e dizer “filho vai ser duro, mas também vai ter coisas maravilhosas”. Mas não o fiz!

Disse-lhe que se fosse importante para ele, devia perguntar-lhe se ela queria ser sua namorada. Já não parou de pensar nisso. “Mãe, mas como é que eu lhe digo?”; “Mãe e se ela não quiser?”.

Na tentativa de desdramatizar a coisa e aconselhei-o a fazer a pergunta sem ela estar à espera mas no decorrer de uma conversa, algo do género: "Inês, tenho andado a pensar e acho que se quisesses podíamos ser namorados"  e também lhe disse que se ela não quisesse, tinha de respeitar, talvez ela até gostasse de alguém, mas que certamente ela ficaria a perder um menino maravilhoso.

No dia seguinte foi ter comigo à cama - "hoje vou perguntar à Inês aquilo, até já estou com dores de barriga".
No caminho até à escola fomos a ensaiar a melhor forma de a abordar e quando saiu do carro até respirou fundo, como que a tomar coragem.

Achei melhor descansá-lo: "Martim, não tem de ser hoje, se não te sentires confortável em fazê-lo, podes deixar para outro dia, não te sintas pressionado!"
Mas esqueci-me como é obstinado e de ideias fixas - "Não mãe, tem de ser hoje!" - desejei-lhe sorte quando me despedi e fui nos meus pensamentos quase com a certeza de que não ia correr como ele queria, mas ao mesmo tempo orgulhosa pela atitude de resolução e de coragem em expor os seus sentimentos sem receio de parecer ridículo aos olhos de uma menina que ele admira.
Pensei para mim "grande homem", perdendo a noção que tem apenas 7 anos.



Quando o fui buscar à escola, a primeira coisa que me disse foi: "Mãe, aquilo com a Inês correu mal!", triste, mas sem peso. "Ela disse que namorada não, mas que amigos podíamos ser."

"Então não correu mal! Não foi aquilo que querias, mas ganhaste uma amiga especial!" e perguntei-lhe se estava triste.
Respondeu-me "Nem tanto!", mas à noite quando se deitou ouvi um suspiro fundo e disse-me "Mãe, ainda estou a pensar naquilo da Inês!". Dei-lhe um abraço apertado e adormeceu.

(sei que ainda é muito cedo e esta foi de certo a primeira de muitas negas, mas o que o meu abraço lhe quis pedir foi que durante a sua vida, não se escude na dor da rejeição para abafar os sentimentos, e que não salte de uma situação para outra, só para apagar a dor que sentirá quando a eleita não o eleger).

Meu filho, o amor é assim mesmo, para ser sentido e não reprimido e ainda que a outra pessoa não deseje o nosso amor não significa que não estejas à altura ou não sejas suficiente, és apenas diferente daquilo que o outro quer.
Vão haver momentos em que vais estar na posição contrária, acredita, e aí espero que te lembres de como gostarias de ser tratado.

Numa situação ou noutra o importante é que estejas à altura de ti próprio, que te respeites, respeites o outro e tudo vai correr bem!

Eu espero estar sempre à altura para te reconfortar!



SHARE:

domingo, 19 de novembro de 2017

Ela faz magia!!

Todos os anos tento fazer uma sessão fotográfica com o Martim, pois no dia a dia as fotos são tiradas a ele (por mim) ou a mim (por ele), raramente temos fotos dos dois juntos.
Por isso uma das formas de eternizar um momento a dois é mesmo nas sessões fotográficas que passaram a ser moda.

Quando fiz 40 anos resolvi marcar o momento de forma diferente e foi quando conheci a Cátia Alpedrinha que tem uma visão muito própria do espaço, luz e imagem. Era mesmo o que eu queria e os resultado foi fantástico. 
A partir daí o contacto manteve-se e acompanhei o trabalho dela.

Um dos projetos eu vi nascer, e que é das coisas mais bonitas que um artista pode criar: o reencontro do amor por nós próprios!
É isso que a Cátia faz com as suas sessões de Valorização Pessoal, diz ela que as mulheres se esquecem de si, no meio da gestão da casa, da carreira, dos filhos, dos turbilhões emocionais, no meio delas próprias! 
Esquecem-se como são bonitas e como podem ser bonitas também por fora! 
A Cátia consegue captar isso e voltar a fazer-nos sentir mulheres.....bonitas. 

Eu digo que ela faz magia!!!
Parabéns pelo teu trabalho Cátia!






Agradecimentos:

Cátia Alpedrinha (tu realmente fazes magia e transformaste a abóbora em princesa)

by mii pelo outfit (dá vontade e ficar com tudo)

Vila Bio Lifestyle por disponibilizar o espaço para a sessão (vou voltar para provar as refeições saudáveis)



SHARE:

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

E um dia toco-te à campainha...


"Mãe, se aquilo da reencarnação for verdade e se eu morrer primeiro que tu, vou tentar procurar-te.
E um dia toco-te à campainha e digo: Olá, eu era o seu filho."

"Então temos de combinar um código qualquer, uma pergunta que eu te faça e só tu saibas a resposta, para eu perceber que és mesmo tu.
Mas achas que te vais lembrar de mim para me procurares, afinal agora também não te lembras de teres tido outra vida."

"Mãe.....impossível não me lembrar da minha mãe querida!"


....Meu rico filho!
SHARE:

sábado, 11 de novembro de 2017

Estou a falar da melhor pizza do mundo e arrabaldes!!

Não podia deixar de falar aqui do nosso spot favorito para comer.

É um sítio onde vamos quase todas as semanas, onde conhecem o Martim desde pequenino e chegar ali, é quase como rever familiares sem sequer conhecer a vida de cada um deles.
Por isso é muito mais do que um simples lugar para comer.

Estou a falar da melhor pizza do mundo e arrabaldes!! A PizzaMobile a quem nós carinhosamente chamamos de Pi (nome de um dos proprietários).
Nunca dizemos "Vamos à Pizzamobile", mas sim "Vamos ao Pi"!
Quando conheci o Pi, ele estava fixado no Surf Camp em Ribeira d'Ilhas com um forno a lenha e com uma clientela quase fixa dos surfistas residentes que aqueciam o corpo e a alma com a massa estaladiça após uma surfada.
Após o fecho súbito do Surf Camp (algo que ainda nos toca muito) o Pi ainda demorou a encontrar o lugar ideal para se estabelecer, mas ele apareceu e não podia ser melhor: As melhores pizzas com a melhor vista!

É aqui, que o Martim se sente em casa, que chega e cumprimenta toda a gente, que lhe ensinei a jogar damas, que brinca às escondidas à noite, que pede ao Pi um pouco de "queijinho", (às vezes ganha uma dose "extra queijo" e chega ao pé de mim como se tivesse recebido o maior tesouro), que se come sem talheres (à moda do Surf Camp) e que voltamos sempre com saudades de cada vezes que estamos fora.

Mas o que ele gosta mesmo é de pedir um bocadinho de massa e brincar às pizzarias enquanto esperamos.
Diz-me algumas vezes que vai ser "pizzeiro" e trabalhar ali, até já tem nome para os "pizza lovers" que vão comer pizzas em forma de coração.

Um dia o sonho tornou-se realidade e foi pizzeiro da sua própria pizza.


Estava divinal!


Não admira que aqui seja o paraíso das crianças .....ah e dos adultos também!

Obrigada equipa fabulosa!





SHARE:

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Comida de cheff ... crúa!


No fim de semana passado, num dos meus momentos, fui aventurar-me a aprender fazer cheviches, tártaros e carpaccios. Era algo que já andava a "namorar" mas nunca tinha acontecido haver um workshop num fim de semana em que estivesse sem o Martim. Teria sido engraçado ele também ir mas talvez só daqui a uns....10 anos!

Conheci a Inês num projeto que fizemos juntas em Maio no LX Factory e desde então fiquei tão fã das receitas dela e do conceito que criou que passei a segui-la nas redes sociais (tipo stalker): Cru com Pinta e já deu direito a um livro e tudo.

Mas mais projetos se seguiram um dos quais este da cozinha da Inês: CruKitchen
Um lugar despretensioso, muito acolhedor e cheio de boa energia que herdou da anfitriã.
Foi uma manhã de sábado inteira a aprender tudo sobre tártaros, ceviches e carpaccios (onde a Inês faz parecer tudo fácil), com direito a almoço.

O grupo era bem simpático, o tempo passou a correr e este foi o resultado!
A primeira coisa que me veio à cabeça quando provei o que fiz foi: "bolas isto sabe mesmo a comida de cheff".

Ceviche Salmão com Dióspiro e Ananás


Tártaro Novilho com Alcaparras


Carpaccio Ananás com Dióspiro

A planear já o próximo workshop, sinto que vou fazer um brilharete no próximo jantar cá em casa!

SHARE:

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Quase nunca te falo dela


Quase nunca te falo dela porque ainda dói muito. 20 anos depois a falta é a mesma, pensar que estou há quase tanto tempo sem ela como o tempo que a tive no meu mundo, é assustador.
Parece que de alguma forma, me estou a distanciar do porto seguro que representava, o carinho, os miminhos, aquela sensação de que ninguém te conhece tão bem e ninguém está lá tão incondicionalmente e sem julgamentos.

Faria 70 anos. 
Quis a vida, que a dela terminasse muito cedo. Demasiado, com tanto que ainda havia para viver, para partilhar, para ensinar.
Era uma mulher muito sensível e com a perspicácia de quem fica de lado a observar as movimentações. Por alguma razão a liberdade dela foi sempre algo muito limitada e talvez por isso a sua necessidade de dar amor a transbordasse como se fosse a única coisa que não lhe podiam tirar.

Lembro-me bem das histórias das traquinices de miúda a esconder as chaves de casa da vizinha e a colocar pregos nas cadeira para picar quem se sentasse. Contava isto com algum orgulho, aquele orgulho de pelo menos, em alguma altura, ter feito aquilo que lhe deu na gana.

Cantava lindamente e escondia o desejo de ter seguido uma carreira artística no teatro e no canto.  Contava que um dia assistiu a um concerto da Amália e que num repente adolescente disse "eu canto melhor do que ela" e o padrinho que trabalhava na rádio a desafiou para subir ao palco e acompanhar a fadista. Determinada ia, mas um olhar fulminante da mãe (minha avó) lembrou-lhe o seu lugar e quedou-se como tantas mais vezes viria a fazer na sua vida. Talvez tenha canalizado a veia artística para os trabalhos manuais e os bordados em ponto de cruz.Era um mundo só seu.

Quase nunca te falo dela porque não preciso de o fazer para a manter presente. Ela faz-se presente nas coisas que te digo, nos cuidados e preocupações que tenho contigo, nas gargalhadas que soltamos a ver filmes cómicos e na cumplicidade que nos une quando olhamos um para o outro sempre que vemos algo estranho e não podemos comentar. Tudo isto também eu fazia com a minha mãe.

A tua avó era alguém único, de quem todos nós sentimos muita falta, alguém que te deixaria certamente mais confiante e amado ... mimado também.

Esta avó já cá não está para te sentar no colo dela, contar-te mil histórias e te encher de beijos, mas tenho a certeza que estará sempre a olhar por ti, por nós, talvez lá em cima no céu cor de rosa feito de algodão doce, a lembrar a doçura das suas palavras que eu própria vou esquecendo.

Quase nunca te falo dela porque tudo quanto possa dizer meu filho, não chegará nunca para conheceres o ser que me fez ser!

SHARE:

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Aguarelas que Relaxam



Fim de semana sim, fim de semana não, o Martim fica com o pai. 
Ele adora ir e a mim sinceramente faz-me muita falta ter uns momentos só meus, sem horários de refeições, sem os chamados constantes do género "mãe estou na casa de banho, podes limpar-me o rabiosque? Fica sempre melhor quando és tu!"". E apesar de no Domingo ao fim do dia já estar desejosa que ele chegue, são estes os dias em que faço coisas só minhas, mesmo que isto signifique ficar a aboborar no sofá.
Normalmente canalizo para estes dias os meus programas: jantares, compras, matar as saudades de amigos, workshops, trabalhos manuais, caminhadas, meditação, coisas que adoro fazer mas com um "pilrete" no meio fica mais difícil. Muitas vezes tento envolvê-lo nestas atividades, umas resultam mais ou menos, outras nem por isso.

Uma das que exige mais sossego e concentração é também uma das que ele mais gosta. 
Pintar com aguarelas!

A Bailarina

Gosto de pintar coisas pequenas com pormenor, que aproveito muitas vezes para oferecer a filhos de amigos, ou pintar os convites e enfeites de mesa como foi o caso do batizado da minha afilhada, mas é tudo para meu gozo pessoal. Já vendi um ou outro, mas o que gosto mesmo é de ficar com eles e de vez em quando revisitá-los, porque sei que não vou voltar a pintar nenhum igual aquele.

Pinto friorento


A verdade é que as aguarelas têm em mim um efeito terapêutico, daí gostar de pintar sozinha com música de fundo.
Mas quando o Martim está em casa a música de fundo é outra: "Mãe entornei água", " Mãe, acho que pintei as mangas", "Mãe como é que se faz castanho?", "Mãe, achas que está bonito?" e a derradeira pergunta "Mãe, achas que podemos vender?" (diz mil vezes a palavra Mãe e sempre no início da frase, como se estivesse mais alguém em casa e houvesse necessidade de indicar a quem se dirige a conversa).

O que é facto é que resultam sempre coisas "brilhantes" das suas tentativas.


Digam lá que não está aqui um Van Gogh com influências de Salvador Dali e uma pitada de Matisse?

Em versão aguarela, claro está! Meu filho, tu vais longe :)
SHARE:

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Se amanhã eu não estiver cá...



Há dias em que não me é fácil saber que não chego para as encomendas, que me questiono ser a mãe que precisas, que fico com os nervos em franja e não tenho a calma suficiente para falar contigo e fazer-te entender que apenas quero o melhor para ti. Que o teu bem é a minha felicidade maior e o motivo pelo qual eu vivo.

Às vezes olho para ti e perco-me em pensamentos de como será que vês o mundo e como encaixarás nele ao longo da tua vida. Não consigo evitar de pensar na minha mãe, que me conhecia tão bem que sabia exatamente o tipo de filho que eu teria. Também ela certamente pensou vezes sem conta no meu futuro e no dos meus irmãos, principalmente quando soube que não iria estar para nos acompanhar e fazer parte dele.
Se amanhã eu não estiver cá meu filho, não quero saber se dobras o pijama ou se andas descalço no chão frio. Quero apenas saber que escolhes o caminho do bem, que respeitas as escolhas dos outros e não deixas que desrespeitem as tuas. Aceita as partidas da vida como experiências que te enriquecem e ainda que chores, não te prendas a elas.
Voa o mais alto que possas fora e acima de tudo dentro de ti. Encontra o silêncio da respiração e aprende a estar sozinho porque é aí que a maior parte das respostas residem, em ti.

Não optes pelo fácil só porque é fácil e aquilo que fizeres, faz com dedicação e com amor (ainda que em alguma altura pareça o contrário isso será sempre recompensado). 
Ajuda quem podes e não fiques à espera que te ajudem, mas também não recuses a ajuda quando ela chegar.
Fica atento, porque há sempre alguém por perto merecedor do teu amor mas também há quem não o mereça de todo. Aprende a distingui-los e não desperdices a tua energia.
A vida pode não ser nada daquilo que esperas dela, mas será sempre essa tua coragem, determinação e sentido de humor que te farão único e que servirão de ferramentas para te adaptares aquilo que virá.

Se amanhã eu não estiver cá para te dar a mão e a vida apertar, lembra-te que ela é como o mar com ondas intercaladas ora de alegria ora de revolta ... por isso nas ondas pesadas, respira, mergulha e deixa-as passar. 
Quando vieres à tona já tudo aliviou!

Com amor da mãe.
SHARE:

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Agora que o Verão acabou...lembrar a surpresa das férias grandes!



Agora que entrou o mês de Novembro e que finalmente o verão acabou, nada melhor que lembrar a surpresa que preparei para o Martim nas férias de verão.

Não foi um ano letivo fácil com a mudança de casa para um sítio onde não tinha amiguinhos e para uma escola muito diferente da sua, a que sempre conheceu desde o Jardim de Infância.
Entre queixas da professora, recados na caderneta, comportamentos que mais pareciam chamadas de atenção, seguidas de perda de auto-confiança originada pela dificuldade que é ter de entrar num grupo já formado, tivemos de tudo e foi com muita calma que tentámos lidar com tanto fator.
Mas acredito que as adversidades também fazem parte da construção do nosso carácter e como tal este processo possivelmente trará mais benefícios do que mazelas...o mundo real não é um passeio no parque e este ano o Martim tinha-o sentido na pele.

Assim, resolvi preparar algo diferente. Andar de avião fazia parte da experiência pois as vezes que o fez era ainda muito pequenino e não tinha nenhuma recordação. Até ao dia, achou sempre que iria para o Algarve como tantas vezes vamos, mas quando se apercebeu que estava no aeroporto disse logo "mas desta vez vamos para o Algarve de avião?". 


"Sim, vamos de avião mas não é para o Algarve, vamos para uma ilha!"Nem queria acreditar e rapidamente descobriu que Porto Santo era o destino, uma ilha com origem vulcânica algo que tem muito de mágico na sua imaginação.

Ficámos alojados no Pestana Porto Santo e embora o tempo estivesse sempre nublado e ventoso, a temperatura foi sempre amena/quente como é característico da Madeira.

O empreendimento é ótimo com imensos restaurante e comida sempre disponível e ainda temos acesso às instalações do empreendimento ao lado que tem piscina aquecida e uns ótimos crepes feitos na hora (até parece que eu como imenso e que adoro comida. Gosto de comer, mas pouco e várias vezes ao longo do dia, mais tipo petiscar).


O mar é fabuloso com tons de azul turquesa a lembrar as Caraíbas (só que aqui mesmo ao lado) e o que mais marcou o Martim na praia foi a cor da areia que é dourada e quando se lança ao ar tem reflexos com vários tons de ouro, algo que não se vê igual noutro lado.


Depois foi só desfrutar, muitos mergulhos na piscina, muito bolo do caco, muita animação e já agora devo dizer que aquela equipa de animadores era fantástica e os miúdos realmente estão sempre ocupados e a fazerem coisas diferentes. O Martim adorava os shows da noite, mas durante o dia pôde experimentar malabarismo, equilibrismo no trapézio, truques de magia e até Karaoke.

Claro que estava ao rubro!


Foi bem divertido, e eu descansei imenso enquanto ele se entretinha no Kids Club a aprender truques com um simples elástico, (truques que fez questão de mostrar a cada hóspede daquele Hotel).


A parte mais cómica é que ganhei uma "nora". Um amor de verão (começa cedo) que durou uma semana . Uma paixão assolapada que implicou um jantar com os pseudo "sogros".
Sim, combinaram jantar juntos, hora marcada e tudo. E quando nos apercebemos não podíamos fazer mais nada senão jantarmos todos à mesma mesa. 
Foi muito engraçado ver o Martim a gerir a conversa à mesa (ajudou a aliviar o ambiente constrangedor) tal qual como se quisesse impressionar os pais da namorada e mostrar que era uma ótima escolha como genro.


Mas o que é bom acaba depressa e apesar de há muitos anos não fazer férias num resort, (nas viagens que fiz era mais a saltitar de um lugar para outro) com crianças realmente facilita ter tanta ocupação e confesso que me soube muito bem ficar de "papo para o ar".


We will be back Porto Santo! Talvez para comemorar as bodas de prata do Martim :)



SHARE:
Blogger Template Created by pipdig